A hipertensão arterial
sistêmica – popular “pressão alta” – é uma doença que ataca vasos sanguíneos,
coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins, de acordo com o Ministério da Saúde. A
condição é caracterizada pela frequente pressão arterial acima dos 140 por 90
mmHg (14.9) e acomete cerca de 45% dos brasileiros, sendo uma das principais
causas de óbito no país.
Apesar de atingir boa parte da população nacional, a
hipertensão é dificilmente percebida em seus estágios iniciais, uma vez
que 50% dos casos ela não possui sintomas atípicos, conforme destaca o
Dr. Marcelo Pinho, profissional da área de Cardiologia.
“A
hipertensão é muito silenciosa, raramente diagnosticada por sintomas.
Normalmente, quando o paciente descobre, há algum tempo ele já vem
desenvolvendo essa doença. Dependendo da época em que o paciente procurar o
atendimento, a hipertensão pode estar muito avançada para dar início à fase de
controle — porque ela não tem cura — e isso pode levar o paciente a ter
outras doenças, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, piorar o seu
diabetes e outras coisas que vai atrapalhar o convívio dele na sociedade”,
explica o profissional.
Embora os
sintomas da hipertensão sejam silenciosos, um dos indicativos mais comuns sobre
a doença é a alta frequência de dores na região da cabeça. Nesses casos, a dor
de cabeça normalmente aparece quando a pressão se encontra acima de 180/120
mmHg. Além de ser um sintoma, há relatos de casos de dores tão agudas na região
que acabam influenciando no aumento da pressão arterial e agravando casos de
hipertensão.
Em grande
parte dos casos, a cefaleia da pressão alta possibilita que o paciente sinta o
aumento da pressão do sangue, fazendo com que as artérias que passam pela nuca
doam, e assim, com que a dor repercuta por toda a cabeça. A dor tende a atingir
os dois lados da cabeça, de forma latejante.
Caso o
paciente desconfie que sua cefaleia pode estar relacionada à hipertensão, é
preciso que o cuidado com a automedicação seja redobrado e que um profissional
na área seja consultado antes da ingestão de qualquer medicamento. O médico
pode recomendar medicamentos de pressão para o paciente, caso haja melhora, a
suspeita é verdadeira.
Cabe
destacar que a dor de cabeça da hipertensão é capaz de proporcionar uma série
de problemas adjuntos, que vão desde incômodos físicos, até emocionais,
laborais, sociais e econômicos, como destacado no acervo de cefaleia da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Considerando os picos da
hipertensão, a dor tende a aparecer em momentos de estresse, ou diante do uso
de medicamentos ou drogas.Logo, diante da suspeita de hipertensão e de
episódios de cefaleias latejantes frequentes, cabe recorrer ao médico para que
haja a investigação desse e demais sintomas, para que assim a hipertensão seja
diagnosticada e tratada da forma correta, pela mudança da rotina e medicação,
caso prescrita pelo especialista.
Além de ter a cefaleia como
sintoma mais frequente, são sinais de hipertensão:
- Fraqueza;
- Dores de cabeça;
- Dores no peito;
- Tonturas;
- Visão embaçada;
- Zumbido no ouvido;
- Sangramento nasal.
A atenção a
esses sinais é um fator decisivo para o diagnóstico precoce e tratamento
efeitivo de pacientes hipertensos. Embora não haja cura para a condição, a
hipertensão arterial pode ser controlada, desde que seja diagnosticada
precocemente. Segundo a OPAS, é por essa razão que exames de rotina são tão
importantes, tendo em vista que a maioria dos casos de hipertensão são quase
que assintomáticos. Ainda de acordo com a instituição, conhecer e controlar a
doença pode salvar mais de 420 mil vidas por ano nas Américas.
Via: Agora. RN
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